Publicado em Segunda, 06 Outubro 2014 20:00
Escrito por Nathália Carvalho0 Comentário
Como de praxe, o algoritmo do Facebook é atualizado constantemente, o que representa desafio aos profissionais que trabalham com mídias sociais. Não faz muito tempo, o site promoveu mudanças que dão ao usuário o “poder” de definir o que é relevante para o seu feed de notícias. Sobre o assunto e o momento pelo qual os veículos de comunicação estão passando com as mudanças tecnológicas foram discutidos pelo executivo Christian Rocas durante o Seminário Internacional de Jornais, organizado pela International News Media Association (INMA) na última semana, em São Paulo.
“Existe mudança forte de hábito e vocês fazem parte dela. As pessoas deixaram de ver as coisas pelo desktop para ver tudo no celular. Não acreditamos que isso está acontecendo, já que no Brasil a rede 3G não é tão boa. Mas a maneira como o brasileiro acessa o Facebook é cada vez mais pelo dispositivo móvel”, disse o executivo que trabalha para a rede social.
Sobre a mudança no algoritmo, Rocas explicou que aconteceu uma alteração de lógica, baseada em relevância. “Não é mais o que você quer mostrar, é o que o usuário quer ver. O internauta treina o Facebook para mostrar o que é relevante para ele. Então, se ele curtiu a sua página, mas viu um post e depois não voltou, provavelmente as suas mensagens não vão para o feed de notícias dele, pois a rede social entende que aquilo era importante de maneira pontual”.
O executivo ressaltou que esse sistema ainda está sendo explicado para o mercado. Para ajudar jornalistas, ele garantiu que a rede social está realizando workshop, produzindo materiais e disponibilizando para consulta pública. “Estamos sugerindo coisas para quem trabalha com a nossa ferramenta. O BuzzFeed participou dos nossos encontros e aumentou sua audiência em 900%”, revelou.
Além disso, ele deixou conselhos: “Usem mais os recursos de perguntas, criem grupos do seu veículo fechado para seus jornalistas, pois pode ser mais fácil compartilhar informações por meio da rede social, e use o conteúdo feito pelos usuários em suas pautas, respeitando os direitos autorais”.
Christian Rocas durante Seminário INMA (Imagem: Studio 3X)
Fonte: Comunique-se