Três motivos para veículos investirem em extensão de marca

 Publicado em Segunda, 06 Outubro 2014 12:43
 Escrito por Nathália Carvalho0 Comentário

O The New York Times afirma que recebeu de seus leitores aval para fazer mudanças. As experiências do impresso, que muitas vezes servem de inspiração para outros, foram compartilhadas com executivos do mercado de comunicação durante o Seminário Internacional de Jornais, organizado pela International News Media Association (INMA). Quem falou pelo periódico foi a vice-presidente de licenciamento de marca, Alice Ting. Na ocasião, ela apresentou três motivos para veículos apostarem no modelo: reforçar os negócios atuais, estimular relações e atrair novos públicos.

De acordo com Alice, em 2007, a audiência do diário americano passou a exigir mudanças. “Eles não queriam que ficássemos somente no jornalismo e aí decidimos ampliar a marca”. A executiva explica que esse termo não é novo, mas tem se tornado prática comum nos últimos anos. “Entendemos que entra nesse processo tudo que eleva a sua marca à categoria de produto. Temos várias empresas apostando neste formato, como National Geographic, que começou com uma revista e agora já está fazendo seminários e documentários”.

Segundo Alice, a extensão de marca surgiu no New York Times como uma medida de gerar fontes de renda sustentáveis e continuas. “Alavancamos nossos ativos, pensamos nos atributos e realizamos pesquisas. Nossa ideia é criar extensão que reflita na postura e estilo de vida dos nossos clientes”. Na empresa, todos os projetos precisam ser rentáveis, do contrário, são descontinuados.

A título de exemplo, dois tipos de produtos foram citados: derivados e experimentais. O primeiro se trata de ideias que têm conexão fácil com a marca, como publicação de livros. “Fizemos um livro com as colunas do jornal. Elas foram agrupadas e atualizadas. Isso faz sentido para o leitor”. Sobre os experimentais, Alice comenta que são mais arriscados. “São produtos transacionais. Ou seja, você vende e é uma transação pontual. Apostamos em um clube do vinho e um programa de viagem, em que o leitor passa um dia com nossos jornalistas. Em todos os casos, o mais importante é ter nível de qualidade nas diversas apostas”.

A executiva reforçou que para fazer mudanças é preciso saber quais são os objetivos da marca e o que ela representa para o mercado. Além disso, garantir que a experiência do leitor seja boa e que a integridade do editorial esteja em primeiro lugar devem ser prioridade em qualquer projeto.----------inma6

Alice Ting participou do Seminário INMA na última semana (Imagem: Studio 3X)

Fonte: Comunique-se

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